Crise? Pouca venda? Rodando apenas em dois turnos? Não faz sentido investir em tecnologia para otimizar processos nesse contexto, certo?
Errado!
Vamos falar aqui sobre alguns conceitos. Está claro para todos que a velocidade média da fábrica é igual a média da velocidade dos equipamentos produtivos, certo?
Errado mais uma vez!
A velocidade da fábrica é igual a velocidade do gargalo.
Sem entrar em detalhes muito técnicos, para quem não sabe, gargalo é basicamente o equipamento que tem uma restrição de capacidade, que mesmo com abastecimento adequado e com os operadores performando em um patamar aceitável, tem dificuldade de manter um ritmo mais elevado.
A avaliação clara de onde estão os gargalos é fundamental para toda e qualquer decisão de otimização dentro do ambiente fabril.
Aumentar a velocidade de qualquer equipamento antes do gargalo, estar acima da velocidade do gargalo, vai aumentar o estoque em processo, a “fila” antes do gargalo.
E porquê isso é tão importante, especialmente num momento de crise?
Pensando em reduzir custos, provavelmente alguém desavisado poderia ser levado a pensar que o ideal seria aumentar ao máximo a eficiência dos equipamentos, no menor tempo possível. E isso não é verdade.
O movimento ideal é conseguir colocar toda a fábrica para andar na velocidade do gargalo, otimizando ao máximo o estoque em processo, pois essa é a melhor forma de enxugar a necessidade de capital de giro.
Vamos fazer uma conta rápida do potencial de corte de gastos com uma otimização bem feita de fluxo?
Vamos dizer que o equipamento gargalo tenha uma capacidade de produzir 50.000 unidades dia de um produto que tem custo de matéria-prima de R$2,00 por unidade produzida, com leadtime de 15 dias, e que a sua demanda é produzir 750.000 unidades no mês.
Desconsiderando ordens iniciadas nos meses anteriores, para produzir essas unidades, nos 15 primeiros dias de produção seria necessário iniciar uma ordem de produção de 50.000 unidades por dia. Isso significa R$100.000 em matéria-prima entrando em processo de produção, por dia. Ou seja, R$1.5M em matéria-prima em 15 dias.
Vamos dizer que você não tivesse a clareza do leadtime, ou da velocidade do gargalo, ou pior, de qual é o equipamento gargalo, e achasse que seria possível produzir aproximadamente 3 milhões de unidades em 15 dias, e colocasse mais ordens de produção do que necessário, aumentando as filas, e ainda assim sem aumentar o output.
Caso você colocasse o dobro das ordens de produção, isso significaria R$3MM em matéria-prima em 15 dias, sem nenhum output adicional, apenas aumentando a formação de estoque em processo.
Ou seja, R$1,5MM de capital de giro adicional, sem necessidade.
Considerando uma taxa de juros média de 2% a.m., durante 15 dias, isso significa R$30.000,00 desperdiçados em 15 dias, apenas com juros ou custo de oportunidade do dinheiro.
Se pensarmos em um desequilíbrio crônico, em que a fábrica sempre tenha mais estoque em processo do que o necessário, esses valores podem ser estratosféricos.
Um estoque em processo, digamos R$ 5MM a mais do que necessário, na média do ano, a uma taxa de juros média de 20% a.a., significaria R$1MM desperdiçados.
E aí, seu estoque em processo está te queimando caixa?
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